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O LADO PRÁTICO E INOFENSIVO DA INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL

Os televisores antigos, fabricados há 50 anos ou mais, tinham um pequeno painel, abaixo ou de um dos lados da tela, para ajustes. Botões para volume, brilho, contraste, dentre outros. Em grande destaque e com design bem diferente, o maior botão era o seletor de canais. Cada vez que alguém queria mudar de canal tinha que levantar, ir até o botão e girar até o número correspondente ao canal desejado.

No Brasil, nos anos 1980 os televisores passaram a ter controle remoto. Foi um alívio muito comemorado pelos telespectadores. Mais tarde apareceram videocassetes, home theater e outros periféricos, cada um deles com o próprio controle remoto. Assistir à TV ficou mais interessante, mas também mais complicado. Nada que fizesse alguém desistir de um bom filme. Mas o suficiente para fazer muitas empresas tentarem criar um controle remoto único para a TV e todos os periféricos. Não conseguiram algo que satisfizesse. Nem por isso desistiram de criar alternativas para tornar mais aconchegantes aqueles momentos em frente ao televisor. Quem agora está entregando essas facilidades é a Inteligência Artificial.

A EiTV CLOUD, plataforma de streaming voltada para diversos usos – inclusive lazer e cultura – está desenvolvendo ferramentas que melhoram desde a qualidade de som e imagem até a segurança da conexão. A equipe de engenharia da empresa trabalha com IA para obter a compressão máxima de vídeo, uma aplicação já existente no mercado. Para o provedor parceiro isso reduz os custos com armazenamento e transferência de dados. O usuário final tem redução no tempo de carregamento, imagem melhor e uniforme em todos os dispositivos. Tudo porque a IA codifica cada “fotograma” do vídeo e ajusta as configurações para maior compressão.

As plataformas podem usar recursos de inteligência artificial, por exemplo, verificando as marcas d’água digitais. Com isso, um usuário que esteja compartilhando a senha de outro para assistir a um jogo de futebol, será bloqueado. Mesmo os provedores de conteúdo pirata, uma ameaça para quem conecta, podem ter seus fluxos bloqueados na rede de um ISP. Outro recurso de IA em que a equipe de engenharia da empresa está trabalhando vai melhorar a apresentação dos conteúdos. A ferramenta automatiza a geração de metadados, cria categorias e oferece opções para um catálogo com melhor organização. As alterações influem até no fator de classificação SEO, o que favorece o ranqueamento nas pesquisas em sites de busca.

As aplicações de inteligência artificial estão surgindo em grande escala e se superam a cada novidade. Nesta semana, no evento Cisco Live, em Las Vegas, a gigante americana de redes destacou a IA como um dos três pilares da empresa, ao lado de segurança e sustentabilidade. De acordo com o site Teletime, Liz Centoni, CSO e general manager foi mais além e disse que “a Cisco deveria ser conhecida como uma empresa de IA”. Ela colocou como estratégia de atuação “conectar com segurança e fazer tudo possível…” a partir da construção de uma “…infraestrutura de inteligência artificial em escala de rede”.

O CEO da Cisco, Chuck Robbins, citou a inteligência artificial como uma das principais questões de transição tecnológica enfrentada atualmente pela empresa. O objetivo é adaptar ao máximo os vários modelos de rede neural para que possam se adaptar às redes tradicionais. E a IA deve “… arquitetar a infraestrutura para lidar com os fluxos de tráfego que são muito diferentes”, como 5G, WiFi, rede móvel, LTE. É uma mudança de paradigma. Algo que vai exigir inovação muito além do curto prazo. Afinal, estimativas da Cisco consideram que, apenas em função da mudança de rede para um modelo baseado em IA, o mercado atual de ethernet saltaria do US$ 1,5 bilhão atual para US$ 8,5 bilhões.

Pela movimentação da big techs e outras grandes organizações comprometidas com a inovação, percebe-se que a inteligência artificial está fazendo acontecer uma convergência em um nível jamais alcançado. Tudo tende a se “entender” com qualquer coisa. As grandes plataformas, originalmente criadas para prover serviços em grande escala, são sistemas que se colocam naturalmente entre os primeiros para uso dessas tecnologias. É isso que leva empresas como a EiTV a investirem, já há algum tempo, no desenvolvimento de soluções para plataformas como a EiTV CLOUD. É toda uma complexidade envolvida num esforço para tornar as novas soluções mais transparentes para os usuários. É como contar com a habilidade de um garçom de alto nível, aquele que é lembrado por garantir seu maior conforto à mesa, quase sem ser percebido.

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