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AFINAL, COMO NASCE UMA EMPRESA?

“-Eu era um engenheiro formado, há pouco tempo, em uma das melhores universidades do Hemisfério Sul. Tinha especializações no currículo, trabalhava com seriedade, tinha dado o meu melhor. E estava ao telefone ouvindo impropérios e destemperos de um senhor, engenheiro experiente de uma grande rede de televisão, por causa de uma montagem que eu tinha feito lá. Quando me dei conta do que estava acontecendo, percebi que a minha verdadeira carreira estava começando ali.”

O excerto de memória, narrado com entusiasmo, é de um dos engenheiros da equipe da EiTV. Para ele, foi necessário interromper a sequência de elogios a qual estava acostumado desde o vestibular, para se aproximar do mundo real: “A frase que mais ouvíamos do Rodrigo era ‘o Cliente é a nossa verdade!’ Exige-se muita humildade para entender isso.”

Uma empresa que não nasceu no papel do cartório, nem no dia da inauguração. Os 10 anos que a EiTV está comemorando em 2015 trata-se de mera referência. O contexto da situação descrita pelo engenheiro da casa era muito desafiante. A TV digital ainda era um experimento no Brasil e as grandes redes de TV resolveram se abrir para parcerias com empresas nacionais de tecnologia. Elas sabiam que a total dependência da tecnologia japonesa seria demasiado arriscado, além de muito cara. Na área, só existiam algumas micro empresas, recém encubadas, com a responsabilidade de atender redes com faturamento mensal na casa dos milhões de dólares.

Os desdobramentos dessa história trazem lições marcantes. O segundo capítulo foi resumido assim pelo engenheiro: “No mesmo dia fui pessoalmente à sede da emissora, com muita humildade, mas confiante, com a cabeça erguida.”

ALIENÍGENAS PORÉM, PRESTATIVOS E INTERESSADOS

Para cada um dos profissionais integrados à missão da EiTV, ela nasceu em uma data diferente. É quando a empresa deixa de ser mera empregadora e passa a ser um empreendimento pessoal, uma causa própria. Tem uma escolha aí, que pode acontecer ou não, sempre num momento diferente para cada profissional. Precisa de um fato especial, uma situação de desafio, para que o profissional sinta definitivamente a empresa como a equipe que vai lutar ao lado dele. E então aceite que uma nova parte dele mesmo acabou de nascer.

À época dos fatos a EiTV estava lançando o PLAYOUT, principal equipamento da empresa no mercado. Ele foi criado a partir de pesquisas que começaram lá nos tempos de universidade. E passaria a atender uma necessidade que as emissoras analógicas não tinham. Pelos relatos da equipe de engenharia, lidar com aquelas grandes redes era muito delicado. Elas faziam parte de uma ilha tecnológica um tanto fechada. Os engenheiros mais antigos tinham uma grande desconfiança de qualquer colega que não tivesse experiência em televisão. Então começa a aparecer aquela “molecada”, recém saída da universidade, pra mexer em tudo dentro daquele “templo eletrônico”, diante de seus fiéis. “A gente respeitava aquela posição meio possessiva dos mais antigos. Afinal, não era mero preconceito, eles precisavam zelar muito por aquilo, porque a responsabilidade dentro de uma emissora é imensa. Eles só aceitaram porque também estavam começando do zero em TV Digital.” Mais uma imagem impregnada na memória de um dos nossos engenheiros.

A PRIMEIRA LIDERANÇA A GENTE NUNCA ESQUECE

O PLAYOUT nasceu do sonho da interatividade na TV Digital. Um sonho que está no nome da EiTV – Entretenimento e Interatividade para TV Digital. Pelas outras funcionalidades do equipamento, ele passou a ser uma necessidade das emissoras. A regra era importar, pagar um preço alto, enfrentar burocracia, cuidados logísticos para o equipamento e rezar para não precisar de alguma manutenção. A alternativa era pagar menos da metade por um equipamento nacional, quase pronta entrega e contar com o suporte “da molecada” – dito com carinho. Deu certo! Hoje, aqueles “moleques” tem um outro status nas emissoras, viraram gente grande quando o assunto é TV.

A dependência de lado a lado era tão grande que, no começo, a EiTV não atuava em nenhum esforço de vendas. “A qualidade do atendimento convenceu antes da qualidade do equipamento”, lembram os engenheiros. Porque na medida que a TV Digital entrava na rotina das emissoras, eram percebidas novas necessidades. E o empenho da equipe da EiTV era ouvir o cliente, compreender exatamente a nova necessidade e implementá-la no equipamento. Por isso mereceu as indicações do próprio cliente e, no boca a boca, chegou à liderança absoluta no mercado. Hoje, uma equipe de vendas estruturada, sustenta o primeiro lugar com consistência.

Atualmente são mais de 300 equipamentos em cerca de 200 emissoras de TV. “Hoje, com tudo que aprendemos sobre televisão, podemos dizer que o PLAYOUT é um equipamento pronto e acabado. Não falta nada. Só sabemos disso porque, a cada dia, procuramos mais alguma funcionalidade que possa ser agregada. E, por enquanto, encontramos todas lá”, garante a equipe da EiTV.

Ah, estava faltando o final da bronca do engenheiro da grande rede! “As observações dele serviram para iniciar o principal upgrade do PLAYOUT. A rede onde ele trabalha ampliou as compras de produtos da EiTV e indicou para dezenas de afiliadas, que hoje também são nossas clientes. Vira e mexe, um de nossos engenheiros toma um café com ele, troca informações importantes…… e boas piadas.”

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