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A NOVA EXPERIÊNCIA EM FRENTE À TV

Agora ninguém mais esconde, a TV vai desaparecer. Ou melhor, esconde a TV porque é impossível que ela desapareça da rotina doméstica. Televisor flexível, “enrolável” (no popular), é uma tendência para esses tempos de casas menores, espaços menores. Locais que precisam ser conciliados com uma tela grande, quando é hora de conforto e prazer para olhos e ouvidos. A solução é esconder a tela quando ninguém estiver assistindo a nada. Então, enrola-se. A TV fica presa no teto e desenrola quando liga.

Outras soluções vão surgindo nessa mesma linha, como a grande tela inteiriça instalada na parede, cobrindo uma grande faixa. Pode até exibir uma imagem aqui, outra ali, como obras de arte, quadros decorativos do ambiente. Ou assumir uma cor uniforme, como se fosse apenas uma parede pintada naquela cor. Ao ligar para ver um filme basta escolher o tamanho da tela que será reservado para exibi-lo. O resto da grande tela continua apagado, colorido ou com as imagens decorativas.

Cá entre nós, esses novos conceitos parecem mais formados para gerar novas necessidades de consumo: “-Você não está incomodado com esse trambolho no meio da sua sala não!!??” “-Ué, eu nem tinha percebido, acho que até atrapalha, sim.” E o lojista esfregando as mãos à sua espera, para lhe vender um televisor novo, para substituir aquele ainda novo, que você levou nem faz tanto tempo. “Marquetismo” ou não, uma nova necessidade não dá para ser inventada sem nenhum fundamento. Algum fundo de verdade, existe. Estamos falando do lazer mais consumido no mundo. Tecnologia criando e aperfeiçoando recursos cada vez melhores, tanto de imagem como som. O consumidor fica mal acostumado, mais exigente, quando se trata daquelas horas diárias de lazer.

A tecnologia digital levou o consumidor a descobrir mais claramente o quanto ama aquela “janela fantástica”. E a engenharia de software não deixou por menos. Aquilo que já foi exclusivamente plug and play agora tem muito mais funções, fez crescer a dúvida “play o quê”? O que era televisor virou também videogame, rádio, loja de tudo, play list de produções alternativas, OTT, tem Google, Amazon Prime, Youtube, Apple TV, Netflix…. E você só ligando na hora da novela!? Que desperdício.

A solução mais bem sucedida para a desejável “gestão do lazer audiovisual” surgiu nos Estados Unidos em 2008. A Roku (“seis”, em japonês) surgiu no mercado em um pequeno set-top box, como são Chromecast e Apple TV. Uma modalidade de streaming na qual se tornou líder nos Estados Unidos, mesmo diante de concorrentes desse porte. A empresa desenvolveu novas funcionalidades, somou oito gerações de modelos, em busca de um jeito Roku de ver TV. Passou a ser integrada diretamente em televisores smart de várias marcas. Foi essa última opção que a Roku escolheu para chegar ao Brasil.

Já disponível nas Casas Bahia, Ponto Frio e Extra, os dois modelos de televisores Roku são fabricados pela AOC. O menor tem 32 polegadas e o maior 43. No mercado brasileiro a novidade chega como um “integrador de serviços de streaming”, capaz de rastrear mais de 5 mil serviços do tipo Netflix e tantos outros. A empresa aposta no crescimento desses serviços no país, já que somos um dos maiores mercados de streaming na atualidade. Em certos casos, funciona como um “Google” de filmes e séries. O usuário coloca o nome do filme, o sistema localiza e direciona para a página de vendas do serviço.

Especialistas brasileiros, questionados pelo site Infomoney, elogiaram a estratégia de entrada da Roku no Brasil. Começa por apresentar a marca como sendo um televisor. Mais forte do que uma caixinha (set-top box), passível de ser confundida com tantos aparelhos piratas que circulam na praça. Nesses televisores Roku o usuário pode acessar muitos outros aplicativos. O GloboPlay vai ter um botão no controle remoto, para acesso imediato. O celular também pode ser usado como controle remoto e até reproduzir todo o som da programação. Assim, com um fone de ouvido, você pode assistir a um jogo ouvindo pelo fone de ouvido, mantendo sua casa em silêncio. A TV aberta é um dos aplicativos em que o usuário pode clicar.

A Roku acredita que, com o tempo, várias outras marcas de televisores vendidos por aqui vão adotar a plataforma, disponibilizando o sistema para telas bem maiores. A meta principal, por enquanto, é fazer com que mais e mais brasileiros se acostumem a interagir com a TV através da plataforma Roku. Na medida em que isso aconteça, a tendência é de que mais fabricantes se interessem em produzir televisores com o sistema operacional da marca.

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