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DIA INTERNACIONAL POR UM CAMINHO PARA A PAZ

A paz mundial é um sonho que só tem chance de virar realidade, depois que os homens em geral aprenderem a respeitar as mulheres. Quem disse isso não foi ninguém que mereça citação. Mas que acredita que o sobrenome da paz é respeito.

O respeito entre nações, poderosas ou não, entre concorrentes, mais fortes ou menos, entre trabalhadores, qualificados ou não, … e a paz reinaria entre eles. A relação afetiva entre o homem e a mulher tem um pouco de tudo isso, e muito mais. Nela é muito comum, pelo menos durante um tempo, se estabelecer a mais poderosa força que uma pessoa pode conhecer. Quando o respeito prevalecer diante de tanta força, a paz poderá reinar diante de qualquer outro poder no mundo.

Nada é mais forte do que o desejo pela pessoa amada. Ela passa a ser o seu “tudo”. O emprego dos sonhos, a vaga naquela universidade, o time na série B, nenhuma perda pode ser pior do que o fim daquele relacionamento. Ainda, se o homem olhar para sua amada e nela identificar o ser inferior, frágil, devedor de submissão – como algumas tradições apresentam a mulher – não haverá como aceitar a imposição da dor. Exigirá enfrentamento. Porém, se houver respeito, vai identificar na mulher o ser humano, igual a ele. Então, será possível suportar, superar e ser feliz.

Quando não se consegue manter a paz entre duas pessoas, como existirá paz entre nações? É, portanto, na relação fundamental da espécie humana, onde nasce a paz, a partir do respeito.

É por isso que precisa haver um Dia Internacional da Mulher. Pois a imagem da mulher foi deformada por conceitos errados, por preconceitos machistas, e deles precisa ser resgatada.

Em outras espécies animais a condição de inferioridade das fêmeas é natural. Mesmo assim, a elas está garantida mais autonomia do que as tradições, criadas pela inteligência (??), concedem às fêmeas humanas. Historicamente a mulher foi escravizada, submetida às vontades e a todo tipo de capricho do poder machista. Com a evolução, inclusive da inteligência, vieram as bases científicas, o pensamento alçou poderes e as mulheres foram se afirmando. O poder do macho está acuado. É a nova fase de ruptura que começou em meados do século passado.

Um novo convívio virá com a forte marca da mulher. Possivelmente algumas gerações vão trabalhar nessa construção, para que um dia a espécie incorpore a inteligência em todas as suas relações. É isso que se chama paz. É isso que só a mulher pode trazer ao mundo, como tudo mais que aqui já existe.

É claro que o problema não são só os homens. Mas a solução só virá com as mulheres à frente, exorcizando a Terra da grande iniquidade. Nessa fase de ruptura é normal alguns exageros. Talvez eles estejam na censura aos tradicionais elogios. Porém, o engrandecimento da maternidade já foi um meio de enfatizar o papel de reprodutora que cabia à mulher; a exaltação da beleza correspondia ao fetiche do macho em explorar as formas de uma boneca animada; os dotes culinários, uma indução a outro prazer masculino.

Tudo isso, em proporções bem menores, teve a participação da mulher. Desde o machismo até a idolatria da beleza feminina, também mulheres tramaram contra outras mulheres. O momento, portanto, não é de estabelecer culpas, mas de compreensão mútua.

É necessário um Dia Internacional da Mulher. Para que um momento se repita no tempo, a cada ano, convidando todos a refletirem sobre esse caminho único, para uma nova sociedade. Para fortalecer a liderança feminina, até que ela encontre a autêntica liderança feminina.

É assim, com mais racionalidade, que se faz uma valoração mais qualitativa da mulher. É com esses argumentos, talvez até frios, que se exalta a mulher nesses tempos de transição. Pelo menos é a forma mais segura de não ser censurado, nem classificado como machista babaca. Mas, principalmente, é na elaboração de um discurso muito verdadeiro, que se faz justiça à mulher.

No entanto, que as mais radicais nos permitam repetir um lugar comum, e reafirmar com muita consciência: as mulheres são, sim, o lado mais perfeito da criação. Parabéns, mulheres!

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