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O AGORA E O FUTURO SÃO A MESMA COISA NA NAB 2016

Quem faz parte da elite da tecnologia de TV certamente vai passar por Las Vegas nesta semana. Caso contrário, corre o risco de se tornar uma carta fora do baralho. A NAB, a associação de emissoras de TV dos Estados Unidos, promove ali o principal evento do setor no mundo. Não exatamente como nos cassinos – que são a marca de Las Vegas – a NAB também está se tornando uma grande “casa de apostas”. São grandes investimentos decididos em favor desta ou daquela solução tecnológica, dentre tantas novidades a cada ano. Um jogo que parece não ter fim.

O ritmo de inovação aumentou muito com o advento da TV Digital, convergiu em direção a outros segmentos, que conversam em bits. Gente que nunca tinha entrado antes numa emissora, de repente se torna um profissional indispensável. Arriscar numa alternativa tecnológica hoje não significa mais uma opção definitiva. Porque mesmo que a sua escolha não se revele a melhor, tanto você, quanto outros empresários do setor, terão que mudar tudo em muito pouco tempo. Não se trata mais de previsões futuristas. O sistema digital americano, onde o switch off aconteceu há menos de 10 anos, vai ser todo trocado.

Os americanos quiseram ser os primeiros, num segmento no qual os japoneses vinham investindo há muito tempo. Lançaram o primeiro sistema de TV Digital do mundo, o ATSC 1.0. Pioneiro, como os Estados Unidos gostam, porém caro, complicado e ineficiente. Mais tarde, os europeus lançaram o DVB, superior, que acabou conquistando a imensa maioria do mercado mundial. E finalmente, os perfeccionistas japoneses lançaram o melhor sistema do mundo. Aprimorado aqui no Brasil, diga-se. Pouco depois os Estados Unidos desligaram o sinal analógico definitivamente (switch off) e, mais tarde, lançaram o ATSC 2.0, superior ao sistema japonês em funcionalidades e compatível com a versão anterior, a 1.0. Nesta edição da NAB, a vedete é o ATSC 3.0, com compressão H.265 e um aproveitamento de banda muito maior. Vai transmitir tranquilamente o 4K (ou UHDTV) para TV aberta porém, não é compatível com a versão anterior. E daí? Transmissores, repetidoras, receptores, câmeras, ilhas de edição, tudo que ainda está cheirando novo nas emissoras mais modernas, acabou de ficar velho. Vai ter que trocar em alguns anos.

UMA MENSAGEM SEVERA

O recado americano, desta vez, veio um tanto mais extenso. Reforçou o que Barack Obama já havia dito na campanha de reeleição, ou seja, não aceitam outro lugar que não seja o primeiro. A parte mais relevante, porém, é a importância que o segmento broadcast vai passar a ter no mundo digital. Não seria imposto – tecnologicamente falando – em tão pouco tempo, um investimento tão monumental, se o setor não fosse tão promissor. Mais ainda: nas entrelinhas, percebe-se que o broadcast vai ser o “show room” das novas tecnologias audiovisuais, puxando os produtores de conteúdo, os criadores de software, os estúdios, para a vanguarda tecnológica.

Daqui para frente a preocupação deixará de ser o ritmo de inovação, para ser o ritmo de obsolescência. A inovação tende a avançar numa velocidade tal, que não será possível manter a compatibilidade de uma geração para outra. Ou, mais claramente falando, os setores que estão vinculados a uma grande infraestrutura vão ser submetidos a esse tipo de jogo comercial. Não apenas em Las Vegas, mas em qualquer lugar do planeta, a indústria de tecnologia vai jogar pesado. O intervalo de tempo que tratamos por “agora”, tende a ser cada vez menor.

TECNOLOGIA NÃO TEM NACIONALIDADE, SÓ QUALIDADE

É diante dessa realidade que a estratégia de internacionalização passa a ser fundamental para as empresas de tecnologia. O ciclo muito curto dos investimentos só pode se sustentar num mercado de dimensões globais. É exatamente por isso que a EiTV está na NAB, para levantar a mão e dizer “presente”, pela oitava vez consecutiva. Rodrigo Araújo, Diretor da empresa, disse que é preciso reafirmar a humildade, mas esquecer o comedimento: “-Ninguém avança tão rápido se não tiver a humildade de aprender, de buscar mais conhecimento a cada dia. Mas aquele que não tem a segurança de trabalhar lado a lado com os melhores, automaticamente se exclui do cenário tecnológico.” Ele constatou que, nos segmentos em que a empresa está atuando, não fica devendo para qualquer concorrente presente na NAB.

No momento, há dois pontos prioritários. A digitalização de retransmissoras brasileiras e de emissoras de toda a América do Sul. O Brasil, maior mercado do continente, está em vias de apagão analógico (switch off). A Argentina, que só digitalizou a TV estatal, tende a acelerar a mudança tecnológica nas emissoras privadas, como também o Chile. Peru, Costa Rica e muitos outros países também estão buscando o upgrade. Por isso a EiTV está oferecendo a tecnologia de digitalização do sinal de TV mais compacta, abrangente e de melhor custo disponível no mercado ISDB-T. Trata-se do Dual Channel Encoder e seus periféricos.

O outro foco de atuação é a nuvem, com a EiTV CLOUD. Trata-se da plataforma mais prática e eficiente para armazenamento e distribuição de vídeos on-line. Com o EiTV Play, para dispositivos móveis, é possível acessar qualquer conteúdo, monetizar, interagir, em escala planetária. Tanto para emissoras de TV como para empresas dos mais diversos segmentos. Sem contar as possibilidades com outras tecnologias, como IPTV e VOD. Padrão tecnológico internacional, produzido aqui no Brasil.

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